terça-feira, 29 de agosto de 2017

Casse-o-player - O tocador de música offline bacanudo e nostálgico para Android


Algo que me chamou bastante atenção nos últimos anos foi a revolução que ocorreu com a indústria do streaming, seja de filmes ou músicas, que tem ganho cada vez mais adeptos. Hoje o Spotify, por exemplo, tem uma base de usuários enorme, e conheço muita gente que não vive mais sem.

No entanto, ainda há que não tenha aderido a esses serviços. Seja pela falta de grana/cartão de crédito ou mesmo por não ter se acostumado. Eu, por exemplo, já usei o Spotify, mas pago tanta conta e assinatura que não me compensou ser mais um dos usuários Premium, mesmo reconhecendo a importância do serviço.

Ocorre que já tenho uma biblioteca com centenas de músicas e que venho colecionando há anos - possivelmente um hábito que adquiri em decorrência de trabalhar com rádio/comunicação, porque sempre recebo por e-mail os lançamentos diretamente dos escritórios de bandas/cantores/duplas e afins, então é mais prático manter uma coleção pessoal. Já até tentei jogar meus famigerados MP3 no Play Música para ter acessível em qualquer dispositivo, mas simplesmente foi algo que não rolou, principalmente porque o tocador de música do Google é muito ruim.

Determinado o ponto que deixa claro que gosto de ouvir minhas músicas sem necessidade alguma de conexão com a internet e meu smartphone é Android, diversas vezes pesquisei por apps que pudessem me atender e simplesmente tocar um arquivo de áudio de forma bacana. O melhor que encontrei, sem dúvidas, é o Poweramp. Ele é pago - e comprei o app numa dessas promoções da vida -, o que pode ser um entrave pra muita gente que não tem cartão de crédito ou simplesmente não quer gastar com aplicativos.

No entanto, há um aplicativo gratuito na Google Play e que atende muito bem quem só quer escutar aquela música vez ou outra e ainda contar com um visual bacanudo e opções de equalização. Trata-se do Casse-o-player.

Olha quantas opções *-*

Eu conheci esse tocador através da indicação de uma prima. A principal feature do aplicativo é ter um visual nostálgico, com temas baseados em fitas cassete. Ele tem uma boa variedade de modelos de fitas, e você pode escolher o visual que quiser para deixar na interface. Além disso há a possibilidade de escolher até mesmo qual o indicador de volume que se quer utilizar. O Casse-o-player também conta com equalizador e torna possível barrar a limitação de volume do Android nos fones de ouvido, o que é bem legal.

No mais, é um aplicativo bem bacana e que indico fortemente. Há quem possa se perguntar qual o ponto negativo. Talvez o fato dele ser totalmente em inglês e não haver previsão de tradução. Ele tem uma pequena propaganda na parte superior, e só. Não vai ficar enchendo o telefone de pop-up e coisas assim, então realmente talvez só o idioma seja uma barreira grande.

Se você quer experimentar, o aplicativo é totalmente grátis mesmo, e não tem versão PRO ou algo do gênero. Basta acessar a página dele na Google Play, clicando aqui.

Review (sincerão) do Moto E4



Eis o bichim Moto  E4
Sempre gostei de compartilhar experiências quando trocava de smartphones e gadgets ao longo da minha vida. Quem acompanhou minhas postagens no finado Sleopand já leu sobre minha saga com os xing-lings e afins, e até mesmo aqui no Multiverso escrevi sobre o curto período de tempo em que fui dono de um iPhone 4.
 
Antes de prosseguir para o review vamos a um (não tão) breve resumo da linha temporal de meus últimos smartphones e que levou ao atual: em 2014 adquiri o primeiro Moto E, lançamento à época, e alguns meses depois a tela “queimou” no meu bolso – ela não deixou de funcionar, apenas uma parte dela ficou amarelada por conta da mancha. Em 2016 o aposentei por alguns meses enquanto curtia um iPhone 4, repassado posteriormente ao meu irmão mais novo, o que me fez voltar ao Moto E original. Neste ano, em meados de junho, acabei por me tornar dono de um Moto E2 de forma temporária, após trocar de telefone com outro de meus irmãos, e há duas semanas finalmente consegui comprar um novo espertofone.

Havia uma série de opções disponíveis, e o meu orçamento é para modelos de faixa de entrada, então após uma breve pesquisa acabei decidindo ficar na família Motorola, o que me levou ao Moto E4 – no meio do trajeto houve quem se esgoelasse em tópicos no Facebook digitando “IMPORTE, NÃO DÊ SEU DINHEIRO AOS PORCOS CAPITALISTAS BRASILEIROS, COMPRE UM XIAOMI, HWAUEI, QUALQUER OUTRA MARCA GENÉRICA”, mas não era uma opção para minha pessoa no momento e acabei até bloqueando alguns “pastores da igreja de Xiaomi”, então esse debate fica para outro post.

Enfim, o Moto E4 foi lançado em junho no Brasil por R$ 849, valor que caiu com o passar do tempo (é um fenômeno notável o quanto os Androids desvalorizam poucas semanas após entrarem no mercado, chega a ser absurdo). O aparelho veio com duas variantes, sendo uma “comum” e a outra a versão “Plus”, com uma bateria absurda que promete durar até dois dias longe da tomada.

Pelo preço eu acabei optando pela variante comum, que tem especificações técnicas razoáveis. Essa variante tem tela de cinco polegadas com resolução HD, duas câmeras (uma de oito e a outra de cinco mega pixels), 16GB de armazenamento interno, 2GB de RAM e processador Mediatek MT6737 quad-core de 1,3 GHz, além da bateria de 2.8000 mAH e o Android 7.1.1 Nougat. O que mais me atraiu, aliás, foi o sensor biométrico, que tem suporte a gestos (algo que vamos falar mais abaixo). Depois de vários dias de uso acredito, portanto, que seja a hora perfeita para detalhar toda a minha experiência usando o aparelho até então.

Memória e processamento

Vamos começar pelo armazenamento interno. Algo que não contei nos parágrafos anteriores é que tanto o Moto E original quanto a segunda versão, lançada em 2015, contavam com armazenamento ridiculamente pequeno. O de 2014 tinha 4GB, e o de 2015 8GB. São limitações que eu conseguia contornar com ROMs alternativas (para limpar o bloatware) e o uso de cartões de memória. O fato de o novo aparelho contar com 16GB de espaço interno foi, então, um alívio. Cabe bastante coisa, e com um cartão adicional tenho armazenamento de sobra para toda a minha tralha virtual. Não é o que muitos consideram o ideal para lançamentos com Android, mas está longe de ser o inferno que é lidar com pouquíssimos megas sobrando para aplicativos.

A memória RAM de 2GB também é um alívio. Só o sistema ocupa metade dela, porém dá pro gasto no uso diário. 

Quanto ao conjunto CPU/GPU, tenho que ser realista e dizer que não é dos melhores, mas já esperava para algo da faixa de entrada. Tenho muito preconceito com Mediatek por conta de experiências passadas, e devo dizer que o processador não decepcionou a opinião que eu tinha. Ele tem um desempenho consistente no uso de aplicativos como Facebook, Twitter, Docs e afins, mas nos jogos acaba variando muito. Vainglory, por exemplo, que exige um baita desempenho, roda sem engasgo algum e mesmo quando tem uma saraivada de habilidades, golpes, heróis, minions e afins na tela o smartphone aguenta bem. Já em jogos relativamente mais simples, como Clash Royale, há um lag absurdo.

Isso é algo bem estranho e acredito que talvez a inconsistência seja mais culpa dos desenvolvedores de cada aplicativo do que o processador. Testei alguns games como Need For Speed  No Limits, Horizon Chase, Torneio de Campeões, Marvel Future Fight e outros, e nenhum deles teve engasgo ou lag durante a jogatina, diferente que aconteceu com o Clash Royale.

Outro ponto em que vi o processamento falhar é na execução de músicas. Se eu deixo o Play Musica tocando enquanto o telefone está bloqueado ele dá algumas engasgadas vez ou outra. Quando acendo a tela para trocar para a próxima faixa há uma certa demora na resposta. O reprodutor de músicas leva pelo menos dez segundos para passar à próxima faixa. Mesmo quando reproduzo podcasts há engasgos feios. Chuto que talvez isso possa ser influenciado pela “Moto Tela”, que faz o smart acender enquanto está no bolso, e cada vez que a tela acende para mostra alguma notificação ele “para pra dar uma pensada”.

Observação: Enquanto fiz o review estava usando o tocador do Play Musica, mas alguns dias antes de publicar troquei para outro (o Poweramp, além de ter usado posteriormente o Casse-O Player), que não apresentou o mesmo problema de lentidão na troca de música e engasgos. Ele fluiu normalmente, então possivelmente essa parte seja realmente falta de otimização do player da Google.

Biometria

Tá aí um ponto que me influenciou bastante – além do preço – na compra do Moto E4: ele tem um sensor biométrico com suporte a gestos/ações. Na prática isso permite que eu desabilite os botões virtuais do Androide e use a navegação toda apenas com gestos no sensor. Essa parte funciona muito bem, e já até desacostumei dos botões virtuais. 

Quanto à funcionalidade do sensor para o reconhecimento de digitais, achei bem “ok”. Li algumas análises falando sobre taxa de erros e acertos, mas o sensor raramente erra. Até cheguei a contar a porcentagem de erro, e dá pra dizer que duas em dez tentativas de uso não dão certo. Nas outras oito ele desbloqueia o aparelho de primeira. 

Software

Uma das atitudes louváveis da Motorola/Lenovo na era pós-Google é a utilização do Android semi-puro em seus aparelhos. O Moto E4 vem com o conjunto de aplicativos padrão e alguns adicionais como um manual virtual, o app “Moto”, que é justamente o que deixa mexer em coisas como a Moto Tela ou as funções adicionais.

Ponto positivo também na escolha do Android 7.1.1, mais recente até a época de lançamento do smartphone. No entanto o software tem alguns problemas que acabam afetando bastante no uso diário.

A impressão que tenho é de há alguns pontos que precisam de mais otimização. Convivo recentemente com um bug muito chato, que é o relógio da barra de notificações ficar travado no visual. Às vezes ele fica “travado” em um mesmo horário, exibindo 10:50, por exemplo, enquanto o widget de relógio e o timer da tela de bloqueio apontam que já são 11h. O bug só se resolve quando reinicio o aparelho. Até por conta desse problema acabei mantendo o widget de relógio na tela inicial – não gosto essa redundância de dois relógios na mesma tela, mas agora sou obrigado a mantê-los.

O WhatsApp também volta e meia mantém uma notificação irritante de “Procurando novas mensagens”, mesmo que a conexão esteja fluindo bem. Notificação, aliás, que não consigo deslizar para que desapareça. Outro problema que só se resolve com reinicialização.

Câmera

Está aí um ponto que pode acabar incomodando mais outras pessoas do que gente como eu. Sempre fui acostumado com celulares de entrada e câmeras extremamente insatisfatórias, então não esperava nada do conjunto usado no Moto E4. Nos meus testes o desempenho de ambas as câmeras foi até acima do esperado. A câmera frontal tem até mesmo um “Modo Beauty” pra dar aquela caprichada na hora da selfie, mas não é nada agressivo – ponto positivo aqui.

A câmera traseira tem um foco bem lento, o que exige certa paciência pra bater uma foto bacana. Entre as (poucas) opções de modo de câmera está o HDR, que na teoria deveria bater várias fotos da mesma cena e misturar tudo em uma imagem perfeita. Na prática, esse modo não funciona como deveria em muitas situações. Só para fins comparativos vou colocar abaixo a foto da mesma cena tirada com e sem HDR:
Foto sem HDR


Foto com HDR
É possível ver que sem o HDR ficou relativamente melhor e até mesmo menos tremido. No geral tenho usado mais o modo manual, que atende bem.

No quesito gravação de vídeos não há muito o que comentar. A câmera principal grava em até 720p, não conta com estabilização e está dentro do esperado para a faixa de entrada. A conclusão é que se você gosta de câmera, talvez o Moto E4 não seja pra você.

Outras considerações

Tem alguns pontos antes da conclusão que eu gostaria de abordar:


  • Achei o microfone dele relativamente baixo se comparado a concorrentes. Talvez seja a minha chatice por trabalhar com áudio, e definitivamente não é algo que vai interferir no uso diário.
  • A tela do Moto E4 é boa. Ela pode acabar refletindo bastante no sol, e as cores não ficam muito distorcidas em ângulos de visão não convencionais. 
  • Tem outro ponto que até o momento não vi nenhuma análise abordar: absolutamente TODAS as películas de vidro que testei nele ficaram com um aspecto de “ar” nas bordas. Dei uma pesquisada mais afundo e descobri que é pelo fato da tela ser levemente curvada mais próximo das bordas, e por isso há esse comportamento. Até nos fóruns gringos, como XDA Developers, os usuários reclamam bastante desse “halo effect”. Encontrei no Mercado Livre uma película de gel (?) cujo vendedor afirma que cobre a tela totalmente e por ser de um material mais flexível não deixa esse efeito. De qualquer forma a tela tem Gorila Glass 3, que em teoria é resistente a riscos, mas a película eu acabei aplicando por precaução mesmo.
Já até me acostumei com o aspecto de "ar" deixado pela película



Conclusão

Há quem diga que de fato existem muitas opções melhores que o Moto E4 no mercado. A própria variante "Plus" tem tela relativamente maior e uma bateria monstra, que pode resolver ainda melhor. Quando foi lançado, o aparelho concorria em preço com o Moto G5, mas na publicação deste post já é possível encontrá-lo na faixa de R$ 600, ou até menos, o que faz com que seja uma solução bem em conta, diga-se de passagem. 

Vindo de quem sempre esteve na família Moto E, posso dizer que houve um avanço considerável na construção do E4, e certamente recomendo a compra se o seu objetivo é usar muitas redes sociais e joguinhos aqui e ali. Não sou o que chamam de hard user, mas dependo muito do smartphone no dia-a-dia, e o Moto  E4 tem sido bem útil. Se você considera a compra e ainda está em dúvida, a minha conclusão é de que definitivamente vale investir uma grana nele.

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