quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Voltaremos das férias em breve

Como todos puderam perceber, paramos as postagens do Multiverso Convergente há alguns dias. Infelizmente perdemos algumas gravações que já estavam adiantadas e, como a equipe está de férias, voltaremos a trabalhar apenas em alguns dias.

Até lá, ficam os nossos desejos de boas festas a todos nessa virada de ano. E não se preocupem, que 2017 vem com tudo para nós.

Um abraço a todos e até a segunda quinzena de Janeiro.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Coração das Cartas 6 - O bonde da selva chegou!


Sejam bem vindos a mais uma edição do Coração das Cartas! Nessa semana vamos falar sobre todas as novidades do Clash Royale após a atualização de quinta-feira (15), como a introdução da nova Arena 9, a Selva, além de quatro novas cartas, balanceamento e muito mais.


Relacionados:
Faça parte do nosso canal do Telegram
Se junte à nossa comunidade do Discord
Seja mais um soldado do Proud Army, procure pela tag #RPJCUJU no Clash Royale

sábado, 10 de dezembro de 2016

Crônicas Mitty - Capítulo 2



O sol brilhava há algumas horas quando Otto enfim chegou à sede da Organização. As instalações eram enormes e ocupavam boa parte de um bairro nobre no Distrito 25. Apesar de ter passado pelo lugar várias vezes, o rapaz mantinha a mesma admiração de quando vira a Organização pela primeira vez. O local era dividido em três seções. A primeira era a parte administrativa, formada por seis prédios, um maior com 20 andares e os outros cinco possuindo 12 andares cada. O número de prédios nessa seção era justificado pela necessidade do funcionamento dos laboratórios de pesquisa em locais onde a diretoria pudesse supervisionar tudo. À esquerda ficavam os alojamentos de soldados que ali decidiram residir. Os prédios eram mais simples se comparados aos da administração, porém eram numerosos, pois havia aproximadamente dez prédios de 15 andares ali. À direita da parte administrativa estavam concentrados os locais de combate e treinamento. A seção era composta por três arenas enormes utilizadas apenas em ocasiões especiais, como torneios e campeonatos de luta, e cinco campos de treino, que se conectavam diretamente ao prédio principal da administração através de tubos. Os membros da Organização se esforçavam para que o local parecesse bonito, até mesmo cultivando árvores artificiais e tentando simular uma vegetação, algo raro no planeta desde a Explosão.

Otto ficou observando tudo por aproximadamente cinco minutos, até que se deu conta de que deveria entrar. Os guardas na entrada o encararam com uma expressão severa. Eram dois brutamontes que, vestidos em suas armaduras, passavam a impressão de serem ainda maiores. O rapaz os ignorou e foi diretamente até o maior prédio da parte administrativa. Na recepção estava Mariah Fontana, uma mulher de cabelos azuis que era encarregada direta do diretor, Andrew Padilha. Ela e o irmão, Joe, tinham privilégios no conselho que regia a Organização, justamente por terem uma proximidade tão grande com Andrew. Ela ficou responsável nas últimas semanas por supervisionar o treinamento de Otto, além de anunciar a última etapa. Após mais de 30 anos trabalhando ao lado de Andrew, ela não esperava supervisionar a entrada de um Fanyc na corporação e estava transparecendo em seu rosto a vontade de anunciar logo a última tarefa do jovem.
- Como sempre, adiantado. - declarou Mariah ao ver o rapaz.
- Uma das minhas muitas virtudes, dona. - respondeu o jovem, de forma seca.
- Deixaremos as formalidades então. - disse a mulher, apontando o elevador em que ambos deveriam entrar.

Mariah foi seguida por Otto, e eles se dirigiram ao 19º andar do prédio principal, entrando em sua sala. O local parecia maior por dentro do que por fora. Ocupava metade do andar, sendo o outro lado destinado ao irmão da poderosa mulher. Otto estranhou que não havia qualquer tipo de decoração no lugar, apenas uma janela com persianas fechadas. No centro estava a mesa que a mulher deveria usar em seu cotidiano. A sala era tão grande que os saltos de Mariah faziam um enorme barulho, mas ela não se incomodava com isso. Parecia ser um de seus prazeres o barulho ecoando naquele enorme recinto. Ambos tomaram seus devidos lugares à mesa, enquanto Mariah tirava alguns papéis de uma gaveta.

- Nesta pasta tenho todos os relatórios de seu desempenho ao longo do treinamento. Levando em conta todos os fatores, é uma surpresa que tenha se saído tão bem durante as primeiras etapas. Normalmente encerraríamos tudo por aqui, mas Andrew quer ter uma última prova a respeito dos seus conhecimentos e habilidades. - disse Mariah, em um tom calmo. Otto nada respondeu, então ela continuou. - Como você bem sabe, estamos em um período pacífico, tudo graças aos nossos esquadrões. A nossa última tarefa é te alocar em um deles, para que realize uma missão de inteligência no distrito 48.

Os esquadrões da Organização são grupos compostos por cinco soldados bem treinados, cada um especialista em sua função específica. Cada grupo tem o líder, dois soldados para combate, um batedor e um caçador. Não se sabe ao todo quantos existem, mas o que é de conhecimento de todos é que são unidades que agem em situações bem específicas, como resolução de conflitos, para evitar guerras e confrontos abertos entre os distritos. Otto havia estudado bastante sobre as unidades, e sabia que ser alocado para uma delas logo de início poderia significar uma imensa responsabilidade.

Sem questionar, o jovem Fanyc entendeu a situação e pegou a pasta contendo as instruções. Recebeu ainda uma espécie de relógio que deveria alocar próximo ao punho esquerdo: era o dispositivo de comunicação usado pelos soldados. Iria servir para que Otto pudesse manter contato com a Organização, através de um canal separado, e com seus futuros companheiros no decorrer da missão.

Após receber os papéis, Otto foi convidado a se retirar. Ele abriu as instruções apontando que a partir daquele dia ele teria um alojamento temporário nas dependências da Organização, e no dia seguinte teria de se apresentar pela manhã ao Esquadrão Real para cumprir a última etapa do processo de seu alistamento.



Após ter falado com Mariah, Otto procurou Felícia e disse que iria cumprir uma missão como integrante de esquadrão antes de ter seu alistamento efetivado. A jovem ficou contente com o resultado, mas manteve para si a suspeita sobre o fato do rapaz ter sido alocado para um esquadrão de imediato. Para ela, que ficou três anos trabalhando com papelada e havia sido indicada para uma unidade há apenas seis meses, era incoerente Otto já ser colocado em campo. Para Felícia, o principal objetivo da missão seria sabotar o rapaz. Mesmo preocupada ela decidiu não falar nada e combinou de se encontrar com Otto após o fim do expediente.

Os soldados da Organização não dispunham de muito luxo. Cada um dos diversos apartamentos era bem pequeno e apertado, e as suítes no topo dos alojamentos eram destinadas a membros de elite que nunca apareciam para desfrutar de suas benesses. Otto se viu em um pequeno apartamento com um quarto, banheiro, além da cozinha que possuía um pequeno balcão de mármore fazendo divisa com a sala de estar. A sala não possuía TV, mas contava com sofá de três lugares e mesa de centro. A cozinha já estava equipada com fogão, pia e armário suspenso em uma combinação que tentava otimizar ao máximo o espaço disponível. O quarto tinha um pequeno roupeiro em que caberiam algumas peças, além de uma cama de solteiro que continha um colchão velho e surrado. Definitivamente não parecia ser um lugar acolhedor, pensou Otto. Ao que tudo indicava as instalações foram deixadas há tempos por algum ex-soldado ou alguém que foi promovido.

O jovem não portava nada consigo no momento em que foi conduzido ao apartamento. Havia deixado tudo em uma pousada na qual se hospedava há meses, desde quando intensificou suas tentativas de entrar na Organização. Teria de buscar seus pertences depois, mas decidiu se deitar na cama por alguns minutos e analisar o conteúdo dos arquivos.

As páginas continham breves descrições dos membros do Esquadrão Real até sua entrada. O primeiro arquivo era do membro mais antigo ainda em atividade, Jason Flipy, 25 anos, o batedor. Há dez anos foi alistado para a Organização, como um prodígio, e ganhou o cargo ao se mostrar único em campo. Responsável por fazer o reconhecimento dos locais e avisar aos outros sobre como acha que devem proceder na primeira investida, ele nunca errou. Sua capacidade de percepção é muito alta e, em diversas situações, a líder da equipe nem precisa pensar em um plano de ação. Seu cabelo verde em tons escuros acaba por chamar muita atenção, por isso Flipy está sempre com uma boina de cor neutra, para manter a discrição durante as missões.

A segunda página falava sobre os irmãos Khaled, gêmeos brutamontes com quase dois metros de altura. Aos 26 anos, Ronaldo e David haviam se alistado há pouco tempo e se mostravam bravos guerreiros. Receberam tantos convites que escolheram qual o esquadrão que teria a honra de contar com sua atuação.  Além de força bruta, possuem uma inteligência incomum aos soldados do porte de ambos, o que os torna excelentes guerreiros quando atuam em conjunto. Separados, no entanto, acabam se mostrando frágeis.

O caçador, Matyas Vilanova, apareceu na terceira página. Aos 38 anos, Matyas atua há pouco mais de um ano no Real. De cabelo avermelhado e olhos pretos, é extremamente silencioso em situações de tensão. Sua função é ficar o mais distante possível do grupo, utilizando suas habilidades para acertar inimigos à distância com suas magias e flechas. Enquanto o restante vai para o front de batalha, Vilanova fica preocupado com o que há ao redor e também cura seus aliados quando necessário.

A líder do Real é Leona Silveira. Combatente recrutada ainda criança, ela está em seu auge, aos 40 anos. Sua altura mediana engana muitos em muitas situações ela mostrou ter aptidão suficiente para ser levada aos esquadrões secretos. Sua maior habilidade ultrapassa os instintos de combate. Ela se prova realmente eficaz ao harmonizar todos os temperamentos de sua equipe, fazendo com que as missões sejam bem sucedidas. Realmente um prodígio em termos de liderança, principalmente quando comparada aos bicentenários comandantes que não largam suas posições por motivo algum.

Após as páginas descritivas, Fanyc abriu um arquivo que continha os detalhes da missão. O objetivo primário era escoltar o comerciante Adelbando Phie do Distrito 25 até o 48. Segundo o relatório, Phie havia prosperado muito nas últimas duas décadas, o que despertou certo interesse dos concorrentes que eram até então estabelecidos e se viram ameaçados pelo império que surgia e lavava seu nome. Olhando atentamente, Otto conseguiu perceber um código escaneável no final da página. Ele apontou o dispositivo para o código e uma imagem holográfica saiu de seu pulso.

A pessoa que surgiu estava coberta com uma roupa preta. Antes que o holograma começasse a falar, Otto sentiu uma espécie de picada no pulso: era o dispositivo se certificando de que o DNA do portador batia com o de quem deveria receber a mensagem. Em seguida o holograma começou a se mexer, e o jovem ouviu os dizeres.

- Seu principal objetivo é investigar a fundo quais são as verdadeiras atividades do comerciante. Tamanha cautela, evitando o transporte por vias movimentadas e cheias de gente, gera suspeita e a Organização quer descobrir do que se trata. Este objetivo tem prioridade em relação aos demais e, em caso extremo, você pode e deve abandonar seu esquadrão e preservar as informações colhidas. Nenhuma informação sigilosa deve ser enviada através dos dispositivo. Caso surja alguma emergência e precise de remoção, use um canal criptografado para entrar em contato. Mostre que tem valor e será recompensado, Fanyc.

Depois da mensagem o holograma desapareceu. Otto ainda passou mais algumas horas revisando a papelada como forma de decorar tudo sobre os outros membros do Real e suas instruções. Colocou um mapa virtual no dispositivo que portava e acrescentou ainda possíveis pontos de fuga caso a situação exigisse. Pensou em dividir o que vira com Felícia, mas achou melhor ter cautela e evitar que ela soubesse demais sobre algo que nem ele tinha certeza. Não sabia se a figura na mensagem se tratava de alguém do suposto conselho diretor da Organização ou do próprio Andrew, mas acataria as ordens que recebeu, sem fazer perguntas.

O rapaz despertou do transe apenas quando percebeu que um alarme alto soando por toda a estrutura da Organização invadia seu quarto. Em questão de segundos a iluminação do quarto foi cortada. Otto entrou em estado de alerta e ativou a Visio, que além de tudo o auxiliava a enxergar na escuridão.

Tentou acionar o dispositivo em seu pulso, mas os sinais de comunicação haviam sido cortados. De repente, em um reflexo, o jovem virou em posição de ataque e golpeou algo que se aproximava dele. O vulto se desviou do golpe e conjurou uma magia de paralisia tão rapidamente que o rapaz não teve chance de se defender.

- Então você fez mesmo. - disse a figura.
- Você não tem o direito de me julgar, Ed! - bradou o rapaz, furioso.
- Shhhh. Não fale em voz alta. Quer ser considerado um traidor, idiota?

O invasor era um dos irmãos de Otto, Edward Fanyc. Era o filho do meio de Serena e Jonas Fanyc. Ele e Nicolas, o mais velho dos três, seguiam a vida de mercenários, aceitando trabalhos por conta própria e seguindo os passos do pai. Isso era visto como concorrência direta pela Organização e era usado como justificativa para o ódio em relação aos Fanyc. Edward e Nicolas reprovavam a atitude do irmão, de tentar entrar para a corporação que por anos tem tentado acabar com a família.

- Tenho pouco tempo antes que restabeleçam a comunicação, portanto vou falar uma vez só. Não quero que você volte comigo pra casa ou algo do gênero, muito menos que trabalhe com Nicolas e eu. Apenas desista e volte para o lugar de onde é. - disparou Edward.
- Pra ser perseguido pelo resto da vida? Não, obrigado! Quero ter paz, Ed. Medir forças contra a Organização não acabou bem para o papai, e isso pode se repetir com você e todo o resto da nossa família. - Otto tentava conter a voz para não chamar a atenção de quartos vizinhos. - Sei o que estou fazendo. Só me dê um voto de confiança. - pediu.

Os olhos castanhos de Ed estavam azuis por conta da Visio. Otto tentou ler o olhar do irmão e enxergou apenas decepção. Edward acreditava que via mais do que o irmão mais novo conseguia. Ele sabia que Otto seria esmagado, junto com o ingênuo objetivo de estabelecer uma aliança entre duas instituições que são inimigas desde sua concepção. Queria explicar ao irmão de todas as formas possíveis o quão estúpida era a jornada que ele estava trilhando, mas não tinha tempo. Um dispositivo em seu punho direito, semelhante ao utilizado pela Organização, começou a piscar. Era o sinal indicando que a comunicação foi restabelecida e ele tinha de ir embora.

- Espero realmente que você saiba o que está fazendo, Otto. Mas fique ciente de que, se cruzar o nosso caminho, vamos tomar medidas drásticas, mesmo que a mãe não aprove o que tivermos de fazer. - concluiu Ed.

O jovem se preparava para responder quando até mesmo sua visão escureceu. Em segundos a presença do irmão tinha se apagado da sala. Otto sabia que aquele não era de fato o corpo físico de Ed, mas captou a mensagem. Ele sabia que poderia continuar em sua jornada, mas o confronto com a família seria inevitável.

Otto despertou do novo transe apenas quando ouviu as batidas incessantes de Felícia na porta. Ele perdeu a noção de quanto tempo havia passado desde a mensagem que recebeu do irmão.

- Está ficando surdo, Fanyc? - gritou ela do lado de fora da porta.

Otto se apressou para abrir a porta e acomodar a jovem no apartamento. Ele contou sobre a conversa que teve com Ed.

- Olha, até eu tenho dificuldade algumas vezes em entender o que você pretende. Você é a pessoa mais cabeça dura que eu conheço, mas se acha que tem razão, vá em frente. - disse Felícia.
- Não é o que eu acho. Tenho certeza. Essa coisa toda precisa acabar. Nem que eu precise esmurrar o próprio Andrew Padilha. - retrucou ele.
- Sinceramente, Otto, você acabou de derrubar a última ponte entre você e sua família. É bom você realmente ter certeza do que faz. Até mesmo meu pai já pediu que me afastasse de você…
- E porque ainda não fez isso? - o jovem questionou.
 - Quantas vezes tivemos essa discussão? Eu estou com você e a minha decisão é independente do que os outros digam ou pensem. Se a sua escolha foi lutar contra essa situação toda, a minha é ficar do seu lado, idiota!

O rapaz ficou sem palavras diante do que Felícia disse. Os dois se abraçaram e, por algumas horas, deixaram de lado todas as preocupações e perigos que os aguardavam do lado de fora.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Coração das Cartas #5 (Pocket) - O Clone entra no jogo


Sejam bem vindos a mais uma edição do Coração das Cartas, seu podcast semanal de Clash Royale. Nesta semana Tio RD e Daito fizeram o podcast um pouco mais curto que em episódios anteriores, uma versão pocket, que se tornará mais frequente com o fim de ano. O papo da vez foi o feitiço de Clone, introduzido ao jogo nesta sexta-feira (9).


Relacionados:
Faça parte do nosso canal do Telegram
Se junte à nossa comunidade do Discord
Seja mais um soldado do Proud Army, procure pela tag #RPJCUJU no Clash Royale

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Coração das Cartas #4 - A terra dos balanceamentos


E sejam bem vindos a mais uma edição do seu podcast semanal sobre Clash Royale. Nesta edição, Tio RD e Daito se reuniram para comentar o resultado do torneio Terra de Gigantes, realizado pelo clã Proud Army, além de falar sobre as alterações no metagame com o balanceamento e outras informações.


Relacionados
Saiba mais sobre o evento Product (RED)
Faça parte do nosso canal no Telegram
Se junte à nossa comunidade no Discord!

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Uma breve história de como fiquei viciado em Stop

Se tem uma coisa que eu gosto no mundo viciante dos joguinhos eletrônicos é o fato de que qualquer game, seja ele simples ou complexo, pode ser MUITO interessante. Atualmente me encontro envolvido em uma infinidade de universos gamísticos aos quais dou atenção diariamente – e aí podemos colocar minha vila no Clash Of Clans, minhas corajosas cartas no Clash Royale, ou mesmo meu poderoso castelo no Royal Revolt 2 – mas sempre há espaço para algo novo que me envolva completamente.

Eis que em um final de semana aleatório – ou nem tanto, já que foi exatamente entre os dias 18 e 20 de novembro – estávamos minha esposa e eu sem muita coisa pra fazer, e resolvemos brincar de Stop. Pra quem não conhece é uma velha brincadeira na qual uma letra é jogada e você tem que dizer coisas que começam com aquela letra, todas respeitando uma série de categorias (na brincadeira original seriam: nome, cidade-estado-país, cor, alimento, animal, marcas, partes do corpo humano, objeto, time, entre outras, dependendo da imaginação das pessoas que jogam). Algum tempo depois ela sugeriu procurar pra vermos se havia algum aplicativo de Stop pra smartphones, e de fato há.
O aplicativo Stop – Famoso Jogo de Palavras, que foi desenvolvido pela Fanatee Games, está disponível para Android e iOS, e foi justamente esse que instalamos. Ele é freemium, ou seja, grátis, mas com algumas transações in-app.


O jogo deixa você desafiar amigos ou oponentes aleatórios para partidas de Stop, e funciona em turnos: você sorteia uma letra e o jogo de tá cinco categorias. Inicialmente há um minuto para responder, mas se acabar antes é possível puxar a alavanca de Stop e jogar o turno para o oponente.  Quando ele começar a preencher os campos receberá um enorme STOP!!11ONZY!! na tela, e aí o jogo compara as respostas de ambos e inicia uma nova rodada, deixando o ‘mando’ com o oponente, e assim por diante, até um dos dois vencer a melhor de três.
99% das partidas foram contra a minha esposa. Algumas outras foram contra usuários aleatórios


São disponibilizadas três vidas, cada uma sendo recarregada em períodos de meia-hora. Quando é criado um novo desafio se gasta uma vida. Há também moedas no jogo, pra se trocar uma categoria ou letra indesejada, por exemplo. Tanto as vidas quanto moedas extras podem ser adquiridas também por alguns centavos, algo que foi bem pensado.
Olha só essas moedas à venda. Que vontade de comprar tudo!

Enfim, depois de conhecermos a interface, decidimos desfrutar da experiência, e aí a minha esposa divulgou o jogo pra todo o nosso círculo social, principalmente família. Digamos que somente desse grupo a Fanatee ganhou pelo menos uns dez usuários (o que não é grande coisa) em questão de minutos.


Passamos basicamente o fim de semana todo pensando e descobrindo diversas palavras (testei meus conhecimentos gerais e ainda aprendi que Cajon é um instrumento válido com a letra C, e que é uma palavra pouco utilizada no Stop, inclusive). Se não bastasse tudo isso, está aí mais um universo pra eu dar conta de verificar várias vezes ao dia.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Harry Potter e a Criança Amaldiçoada (ou: como ganhar mais montanhas de dinheiro)

Quando mais novo sempre fui fascinado por literatura fantástica, então acabei lendo muuuuuitas sagas. Jack Farrell, O Hobbit, Senhor dos Anéis e diversos outros livros, alguns de autores que eu nem lembro o nome mais, de tanto faz que os li. 

Uma das sagas pelas quais sempre fui fascinado é Harry Potter. Não lembro ao certo qual foi o ano, mas sei que estava nos primeiros anos de ensino fundamental quando uma professora decidiu mostrar para a classe o filme Harry Potter e a Pedra Filosofal. À época, se bem me lembro, a escola usava VHS, então realmente faz um tempinho mesmo.

Depois que terminei de ver o filme fiquei maravilhado, e alguns coleguinhas comentaram que na verdade existia uma série de livros de Harry Potter, e fui até a biblioteca da escola pra ver se encontrava alguma coisa. Lá estavam dois ou três, que devorei em questão de semanas.

O tempo foi passando e, ao chegar no Ensino Médio, finalmente tive acesso a uma biblioteca em que havia algumas sagas em sequência (inclusive foi lá que conheci Percy Jackson, por exemplo). Consegui ler a saga do Menino Que Sobreviveu de cabo a rabo pelo menos umas três vezes, bem como acompanhei seu desfecho nos filmes também.

Como muitos fãs da saga fiquei surpreso ao descobrir que uma nova obra viria algum tempo depois, e estou falando justamente de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada. Se trata de uma peça de teatro escrita por Jack Thorne e dirigida por John Tiffany, que teve seu roteiro publicado como se fosse um livro. É uma história que mostra uma possível continuação da série, muitos anos depois.

Inicialmente ao ver o título publicado como livro fiquei muito animado, mas logo minhas esperanças foram por água abaixo quando me informaram que a obra não passava de diálogos entre os personagens e as descrições de cenas eram contadas como descrições nas trocas de cenário do palco.

Me lembro que uma vez peguei uma obra que achava que era livro e na verdade se tratava do roteiro de uma peça. A sensação foi quase a mesma ao ler Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, com a diferença de que gostei da continuação do universo de J.K. Rowling. 

Não vou me aprofundar nos detalhes da história para, obviamente, não dar spoilers por aqui, mas achei a premissa da trama muito interessante. O enredo tem como personagem um dos filhos de Harry e o filho único de Draco Malfoy, e como eles se envolvem em uma trama que é até convincente.

O fato do 'livro' ser o roteiro da peça de teatro acaba sendo meio... broxante, diversas vezes. Não é que seja de todo ruim. Os capítulos são pequenos, justamente por se tratarem basicamente de diálogos. Mas há algumas partes em que é citado "acontece uma explosão no palco" e "fulano sai do palco, enquanto ciclano entra", por exemplo, que quebram bastante a imersão. A leitura rápida, no entanto, é amiga da obra, o que me fez insistir e chegar até o final. Quando percebi um furo no roteiro, inclusive, já estava praticamente muito perto do fim para simplesmente deixar de ler.

Um problema que pode acabar desagradando os fãs da saga do Potter é que a trama mostra a vida dos personagens anos depois, mas, por ter sido escrita por terceiros, acaba destruindo muito da essência dos que foram protagonistas em livros anteriores. Vemos aqui um Harry mais maduro e um pouco mais sombrio também, além de um Draco Malfoy que parece tentar se redimir de seu passado, e um Rony Weasley totalmente bizarro e que parece aqueles tios que você só vê no fim de ano e sempre fazem a piada do pavê. Esses personagens muitas vezes tem falas que não condizem com o apresentado anteriormente nesse universo.

Em uma das minhas andanças por fóruns de potterheads li alguém comentando que se a J.K. tivesses interferido um pouco mais na publicação da obra e transformado em um romance propriamente dito poderia haver uma série de melhorias. Concordo plenamente com essa firmação. É bacana 'voltar' à plataforma 9 3/4 novamente? Seria, de fato, se tivéssemos retornado. As pessoas não gostam de ler isso, mas vejo A Criança Amaldiçoada como mais uma forma de ganhar montanhas de dinheiro de fãs que estão ávidos por uma continuação que adorariam ver desenvolvida de uma forma mais profunda. 

No entanto, mais uma vez volto a dizer que a leitura rápida beneficia a trama. Eu classificaria mais como um conto do universo Harry Potter do que qualquer outra coisa, e isso sim é digno de nota. Mas há um lado bom nisso: se no fim das contas o 'novo livro' se mostrar um sucesso comercial estrondoso, pode acabar virando filme, e ser mais aprofundado. Isso sim seria de fato muito legal.

Cabe deixar claro aqui que nem de longe achei o a história desprezível. Ela tem um furo? Sim. Falta profundidade? Com certeza! Mas isso é justamente por se tratar do roteiro de uma peça de teatro e que não foi remodelado antes de sua publicação. Porém, achei que a motivação dos personagens é bem "Ok" e gostei do que poderia ser o início de um novo arco, contando as aventuras do novo Potter. Também me deu vontade de assistir a encenação e ver como é o jogo de troca de cenários em uma trama que viaja por tantos lugares diferentes de forma rápida.

No mais, se você é um fã da saga do Menino Que Sobreviveu, assim como este que escreve é, acredito que valha a pena comprar o livro. Até porque pelo fato de ter o selo de aprovação da J.K. Rowling não é pouca coisa, e pode ser considerado um cânon sobre como a vida dos nossos queridos protagonistas ficou após a derrota de Voldemort. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Coração das Cartas 03 - A Elite do Torneio Bárbaro


E sejam bem vindos a mais um Coração das Cartas, sua atração semanal de Clash Royale do Multiverso Convergente. Nesta edição do podcast, Tio RD e Daito falam sobre suas expectativas para o futuro dos Bárbaros de Elite no metagame do Clash Royale e quais os possíveis counters que devem dar conta da nova carta. Além disso também comentamos sobre as novidades do clã Proud Army, como um torneio que está por vir!

Aperte o play e venha conferir conosco o episódio da semana:


Links relacionados:



Deixe seu feedback a respeito do nosso podcast. Envie um email para roberto0697@gmail.com ou comente na nossa postagem sobre o tema do episódio.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

O Coração das Cartas 02 - Gemar ou não gemar? Eis a questão!

E sejam bem vindos a mais uma edição do podcast O Coração das Cartas, sua atração semanal sobre Clash Royale no Multiverso Convergente. Na segunda edição você confere um papo sobre investir as gemas são possíveis de se comprar no jogo usando o seu suado dinheiro da vida real. Além disso falamos também sobre nossas impressões a respeito da nova carta, Tornado! Aperte o play e se divirta:



Links relacionados:
Cast Royale, podcast norte-americano de Clash Royale
Nosso canal no Telegram
Sala do Multiverso Convergente no Discord

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Podcast O Coração das Cartas 01 - Deck Building

Levando em conta que há um bom tempo tivemos postagens dedicadas ao universo do Clash Royale aqui no blog, o Renato e eu decidimos criar um podcast voltado ao jogo. A nossa ideia para um futuro não muito distante é criar diversas atrações no blog (por isso o nome Multiverso), e demos o primeiro passo com o podcast O Coração das Cartas. Nele, o Renato e eu comentaremos semanalmente sobre assuntos relacionados ao game e outras coisas relevantes.



Na primeira edição nós já começamos com um assunto que ainda é desconhecido para muitos jogadores: deck building! Será que existe o deck supremo? Porque você ainda continua caindo de arena? Como se estabilizar nas arenas mais altas? Confira conosco as respostas para estas e outras perguntas na primeira edição do nosso podcast, disponível abaixo!


Links relacionados:


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O Multiverso Convergente está também no Telegram

Estou fazendo esta breve postagem apenas pra avisá-los, queridos leitores e leitoras, que criamos um grupo no Telegram. É um canal onde nosso bot vai replicar todas as postagens do blog, jogando um link direto sempre que algo novo surgir por aqui. Também começamos a gravação de um podcast e, antes dos áudios serem hospedados em um site eles serão publicados no canal também.
Telegram.png (550×350)
Para quem quiser entrar, eis o link: https://telegram.me/multiversoconvergente. Lembrando que também temos uma sala no Discord, cujo link é esse: https://discord.gg/nACu2MU. Lá ocorrerão discussões muito em breve, e vamos debater diversos assuntos. No mais é isso, e sigam-nos os bons!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

yWriter: um software sensacional para criadores de histórias

Só quem escreve uma história sabe o quão complicado é organizar um sem fim de informações para fazer com que tudo seja coerente: personagens e suas origens, lugares, pontos-chave, itens, acontecimentos... Se eu continuar a lista aqui ficará enorme, mas vocês entenderam onde quero chegar.
Já crio roteiros para jogos homebrew há algum tempo, e escrevo contos desde minha adolescência. Sempre paro quando a história vai ficando mais complexa, justamente porque é um inferno lembrar de tudo o que aconteceu até ali e quais pontos eu tenho que conectar. Não significa que eu não tenho mapas criados em cadernos, mas conforme a bagunça vai aumentando fica quase impossível organizar tudo em meros documentos criados em algum editor de texto por aí.

Certo dia parei para analisar minha nuvem pessoal e vi que havia muuuuitas pastas contendo inúmeros arquivos, como listas de personagens, acontecimentos e etc. Comecei então a buscar algum software que me auxiliasse a colocar tudo isso em seus devidos lugares, e encontrei yWriter. Ele é voltado para escritores e possibilita organizar a enorme bagunça que é a criação de histórias.
Com diversas abas ele tem seções que permitem dividir a história por capítulos e encaixar as cenas de cada capítulo. Há também as abas de personagens, localidades, itens e notas. O visual não é cheio de ícones e firulas gráficas que tornam o programa mais bonito, muito pelo contrário: ele é simples e minimalista.



Ser minimalista é uma característica muito positiva, evitando que o escritor se distraia com alguma funcionalidade no decorrer da história, e possa puxar algum fato de forma rápida, já que pode organizar tudo por cenas dentro dos capítulos, e cada seção tem a sua devida aba.

Tem me ajudado bastante a construir o mundo das Crônicas Mitty e deixar tudo coerente. E sabe qual a melhor parte? O yWriter é grátis! Ele está em sua quinta versão e pode ser baixado clicando aqui.

Se você planeja começar a escrever e quer se organizar, definitivamente o yWriter pode te dar aquela mão na roda.

Volta em breve: Crônicas Mitty

Há algum tempo decidi trazer ao blog uma criação original minha, que é o conto Crônicas Mitty. Infelizmente 2016 foi um ano bem turbulento, o que me impossibilitou ter tempo livre para dedicar à publicação, que acabou esquecida.

Passado o período eleitoral as águas do mar ficaram mais calmas, porém temos o fim de ano chegando por aí e uma série de outras coisas que podem novamente sugar esse tempo extra. Por isso decidi dar uma revisada no prólogo das Crônicas e atualizar tanto ele quanto o primeiro capítulo, ambos já publicados.

Andei fazendo umas pesquisas e aproveitei para organizar minhas ideias, tirando elas do meu velho caderno de anotações e jogando em um programa construído justamente para criar histórias (logo vou fazer uma postagem sobre ele por aqui, pra contar como está sendo a experiência). Como estou organizando todas as coisas relacionadas ao enredo principal e seus desdobramentos tomei a liberdade de dar uma pausa no processo de publicação (que estava parado anteriormente por conta da correria, aliás) e, assim que tiver algumas coisas bem definidas e organizadas, voltarei a postar no blog, então esta postagem já é meio que um aviso deixando claro que a história voltará dentro de algumas semanas.

Aliás, se tudo correr como planejado irei começar a publicar as Crônicas também em alguns sites voltados para escritores.


Aproveitando a oportunidade, dei um tapa no visual do blog. Apliquei um design responsivo e minimalista. Como passo a maior parte do tempo acessando as coisas por smartphone e essa é a realidade de muitas pessoas, achei por bem usar um layout que não pese nos dados móveis nem utilize tanta memória. Espero que a experiência seja agradável. No mais, aguardem novidades vindo por aí!

Como é usar o iPhone 4 em 2016

Se tem algo sobre o que gosto de escrever é minha experiência com eletrônicos, sejam eles consoles, computadores, celulares e afins. No finado Sleopand vez ou outra fazia uma postagem do gênero, principalmente no início do blog e, devido a alguns acontecimentos recentes, decidi escrever esse tipo de situação aqui no Multiverso Convergente.


Pra começo de conversa, o título da postagem é totalmente verídico: estou utilizando um iPhone 4 em pleno ano de 2016 (e possivelmente ele continuará ao meu lado em 2017 e também em 2018, haha).
E o que me levou a adquirir um smartphone que foi lançado em 2010? Primeiramente a necessidade. Eu (ainda) tenho um Moto E 1ª Geração que comprei em 2014. Apesar das limitações de memória interna é um excelente aparelho que vinha me acompanhando desde então. Infelizmente eu tive alguns problemas com ele no começo de 2016: parte da tela meio que ‘queimou’, ficando com uma tonalidade amarelada, fora que o slot do primeiro chip começou a ejetar o SIMCard a cada cinco minutos. Até aí tudo ok, ‘dava pra levar’. Depois de um tempo, no entanto, a bateria dele começou a dar sinais de cansaço e o meu velho de guerra desligava sempre que o indicador chegava em 60% ou 50%.

Dadas essas condições ficou claro que eu precisava de um aparelho novo, e a empresa em que trabalho tinha um iPhone 4 praticamente zerado em uma gaveta aleatória, então fiz um acordo com meu chefe e apliquei meu banco de horas na ‘compra’ do aparelho. À época eu achei um baita lucro, porque não tive que gastar um puto pra pegar o tão desejado iPhone. E eu ainda acho que foi lucrativo, dadas as devidas proporções e levando em conta que nenhum aparelho acima de R$ 400 se encaixa no meu orçamento atualmente.

Como é a experiência de uso no geral

A primeira diferença que eu senti quando peguei o iPhone 4 foi por conta da interface, obviamente. Pra quem é acostumado com Android inicialmente é tudo uma loucura: a loja de aplicativos, a tela inicial, as configurações... Milhares de coisas pra se mexer!

Eu achei o conceito do iOS de tela inicial bem bacana, pois tudo fica em uma tela só e você joga em pastas pra organizar. No meu caso, traumatizado pela falta de espaço no aparelho anterior, instalei bem pouca coisa: WhatsApp, Messenger, alguns emuladores (falarei sobre isso mais abaixo), uns tweaks e também Clash Royale e Clash Of Clans. Como meu aparelho tem agora 16GB de espaço coube bem. O que dificulta é a RAM, de apenas 512MB, que acaba engasgando em algumas situações.

No geral eu percebi que quase não existem apps que podem ser instalados no celular. Alguns dos mais populares até estão disponíveis, mas a maioria dos novos joguinhos ou comunicadores instantâneos já não dão suporte ao iOS 7. Há um motivo totalmente plausível para isso: com pouca memória RAM os aplicativos pesam demais. O WhatsApp, por exemplo, não funciona em segundo plano. Toda vez que eu quero saber se tem algo novo tenho que abrir o aplicativo e esperar ele carregar as mensagens que chegaram.

Aliás, eu tive que fazer jailbreak no sistema, por alguns motivos também óbvios, sendo eles: 1) o WhatsApp Web só é habilitado através de um tweak (por sinal quando eu quero usar o WhatsApp no computador tenho que deixar ele aberto no telefone, pois, como eu disse acima, parece que o segundo plano dele não funciona como deveria); 2) por algum motivo o iOS só foi ganhar a diferenciação visual entre maiúsculas e minúsculas no teclado há algumas versões, então digitar em um teclado que mostrava tudo maiúsculo era enlouquecedor; 3) como o sistema não tem mais suporte eu me senti livre para tal. Eu sei que existe toda essa conversa de que jailbreak é ilegal e há muita insegurança, blá, blá blá, mas não liguei muito. Sinceramente achei que o sistema é muito fechado, então abrir a jaula amenizou um pouco o problema pra ter acesso aos meus emuladores.

Por falar em emuladores, foi uma experiência estressante utilizá-los. Como instalei aqueles não nativos e obtidos de forma gratuita através da Cydia, tive alguns problemas como roms que não foram reconhecidas devidamente e etc. Tem um emulador muito bom chamado RetroArch, que é compatível com quase todos os consoles antigos, que eu recomendo bastante, mas mesmo ele me deu dor de cabeça e não funcionou quando fiquem sem acesso à rede.  O que me desanimou um pouco de continuar jogando neles foi o tamanho da tela, que não favorece muito.

E, apesar do iPhone 4 não contar com muitos aplicativos disponíveis atualmente, ainda há algumas coisas que são mão na roda: o aplicativo Podcasts, da Apple mesmo, é excelente para gerenciamento de podcasts e o Books também funciona maravilhosamente bem. Levei um tempo até migrar toda a minha biblioteca pessoal, mas me adaptei bem.

No mais a experiência de uso não é de todo ruim. Eu entendo que é um telefone de 2010 funcionando bem ainda em 2016. Ele tem suas muitas limitações, claro, mas nada que me deixe tão frustrado, pois entendo que se trata de um celular defasado, só que ainda cumpre o que prometia quando foi lançado
.
Hardware

Agora que eu contei que o sistema não é lá grande coisa vamos falar do principal fator que joga na cara o fato do iPhone 4 ter saído fora de linha há anos: o hardware. A bateria não é lá grande coisa. Ela dura semanas em standby (dura mesmo, disso não tenho o que reclamar), mas em uso intenso ela vai pedir aquela ida marota pra tomada a cada duas horas. Nesse ponto é algo que não me preocupa tanto mais, pois, apesar de ter que executar tarefas em que eu tenho de ir a campo, passo a maior parte do dia em uma mesa e com o telefone plugado para receber carga. Ah, e 3G aqui é algo que vai sugar a bateria de forma mais rápida do que o WiFi.

Já a câmera ainda dá pro gasto. Vindo de alguém que usava um aparelho sem flash e com resolução mínima, a câmera do iPhone 4 é sensacional. Até mesmo a frontal ainda permite umas fotos bacanas em determinadas situações onde o cenário ajuda bastante o fotógrafo. Aqui não há do que reclamar, porque uso ela em algumas coisas bem pontuais.

Situações como o desempenho geral por conta do hardware eu já citei alguns parágrafos acima, mas cabe ressaltar que está dentro do esperado.

Por falar nisso, o único ponto que me incomoda em toda a construção do aparelho é o frágil botão Home. Ele funcionou bem durante um tempo mas volta e meia dá problema. Pelo que eu li é algo característico desse modelo, mas vale a pena deixar clara essa questão.

Conclusão

No mais, não é como se estivesse recomendando a compra do iPhone 4 em pleno 2016. Longe disso: se você tem a oportunidade pegue algum aparelho mais atual, acima dos R$ 600 de preferência.


Como falei, estou usando este celular justamente por conta da necessidade e também outras prioridades que tem mais urgência, afinal, enquanto ele mandar mensagens e receber ligações ainda está valendo. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

[Clash Royale] Dicas do Tio RD – Devo continuar jogando quando chegar na Lendária?

Hoje vou dar continuidade às postagens voltadas ao jogo Clash Royale. Já publiquei aqui uma série de guias a respeito de deck building e, sempre que tiver a oportunidade, continuarei escrevendo sobre o jogo. Como sou líder de um clã, faço diversas postagens voltadas aos membros, e acho bacana trazer esse conteúdo para o blog também, visando atingir a quem interessar possa. O conteúdo geralmente é feito com base em conhecimentos que obtive no jogo e também algumas coisas que acompanho nos fóruns do reddit. Até criei ali na lateral uma seção voltada à Família Borró, que é o clã que gerencio. Enfim, espero que as linhas a seguir possam ser úteis!

Aaah, a arena mais cobiçada do jogo todo, a Lendária!

Hoje quero falar sobre um dos maiores erros cometidos por jogadores que adquirem o título de “Lendário”: parar de jogar. Quando se chega à Arena Lendária bate aquela linda sensação de saber que o shop, mais cedo ou mais tarde, finalmente vai te apresentar uma carta lendária. Então do nada você vai começar a juntar gold pra comprar aquela carta tão esperada. Entretanto, você acredita que pode cair da Arena Lendária e não ficar tempo suficiente para comprar sua carta favorita. Aí você para de jogar e começa a poupar ouro, 40 mil pra ser mais exato. Esse é um erro comum que muitos jogadores cometem ao chegar na Arena 9. Quero dizer a vocês pra não fazer isso, e vou explicar o motivo.

No jogo você tem 7 fontes de ouro, sendo Baús Grátis, Doações, Torneios, Vitórias, Baús de Prata, Baús de Ouro e Baús da Coroa (Claro, ainda há os especiais, como GG, Mágico e Super Mágico, que podem aparecer no percurso). Se você parar de jogar e tentar poupar gold pra comprar determinada carta, está deixando de lado quatro fontes de ouro, ou seja, vai obter gold apenas das doações, de torneios e baús grátis.

Além disso você também tem seis maneiras de obter novas cartas sem gastar dinheiro, que são os Baús Grátis, Pedidos, Torneios, Baús de Prata, Baús de Ouro e Baús da Coroa. Se você parar de jogar vai perder metade dos meios de se obter novas cartas.

Então, vamos dizer que você parou de jogar agora e vai tentar guardar gold, sendo que a maioria do que obtiver virá de doações. Quando você doa, obviamente vai perder cartas. Então vamos supor que você doe 240 cartas por dia, abra seis baús grátis, vença dois torneios de 30 cartas e faça pedidos três vezes por dia. Mesmo assim você teria prejuízo de 90 cartas por dia por conta das doações. Entretanto, você ganharia aproximadamente 2000 ouro por dia.

Imagina só abrir a loja e a tão sonhada Princesa estar lá? Pode acontecer, mas custa MUITO gold


Uma carta lendária custa 40000, então se você obtiver 2000 por dia iria levar quase um mês pra pegar essa quantia. Na verdade levaria 20 dias, pra ser mais exato. Em 20 dias você perderia 1800 cartas. Bom, vendo essa estatística você definitivamente deveria considerar não parar de jogar.

Agora vamos comparar as estatísticas com as de quem continua jogando diariamente. Em 20 dias, se você continuar jogando normalmente, vai obter a mesma quantidade de ouro das fontes que citei anteriormente, mais os bônus de vitória e dos baús de Prata, Ouro e Coroa. A média é de que o jogador pode conseguir 3500 gold por dia se continuar jogando. Ainda tem um extra, porque você vai ganhar 79 cartas diariamente (mesmo contando suas doações).

Deu pra entender?  Se você continuar jogando, vai conseguir aproximadamente 1500 gold extra e 169 cartas a mais do que se parar de jogar. Em 20 dias a diferença é brutal, ainda mais na Arena Lendária. Você teria, em média, 30000 gold e 3300 cartas a mais se continuar jogando.

Então… A sua carta lendária vale perder tudo isso? Acredito que não.

PS: Sim, eu sei que dá medo de cair se você continuar batalhando na ladder mas, hey, se você conseguiu subir de arena uma vez, conseguirá novamente, não é mesmo? Eu lutei duro pra juntar 40k e comprar o Mago de Gelo na loja, mas não parei de jogar. Ainda hoje continuo, mesmo que me dedique cada vez mais aos torneios. Pelo menos jogo pra conseguir baús e ter essa fonte de ouro diariamente, o que tem feito uma diferença absurda, diga-se de passagem.


PS2: Se você continuar jogando ao alcançar a Arena Lendária, continuará ciclando seus baús, e tem chances de conseguir um Baú Gigante, Mágico ou Super Mágico. Na última arena do jogo a chance de obter lendárias nesses baús é muito maior, então realmente compensa continuar ativo.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

[Clash Royale] Guia do Tio RD para o “Deck Perfeito” – Parte Final

Nos posts anteriores, passei a vocês um pouco do conhecimento que tenho a respeito da construção de decks no Clash Royale. Apesar de tudo, creio que nem todos tenham conseguido montar uma estratégia eficaz (ainda mais quem decidiu apostar na ‘fórmula mágica’ de duas construções, duas condicionais de vitória, dois feitiços e duas cartas defensivas, sem ver primeiro se isso realmente condiz com o estilo de jogo que adotam), por isso já havia pensado nessa terceira parte como uma forma de ajuda-los a lapidar seu modus operandi.

• Primeiramente você tem que entender o conceito de troca de elixir, que é o principal fator do porque os jogadores perdem. Que cada carta colocada na arena tem um custo você provavelmente já deve saber, mas a troca ainda deve ser um conceito abstrato.

Vou tentar exemplificar para tornar mais fácil: a minha forma de jogar no Clash Royale é defensiva. Sempre espero o jogador adversário fazer um movimento para depois mandar o meu contra-ataque. Há algumas partidas interessantes em que enfrento pessoas parecidas, e nada acontece durante mais ou menos um minuto, ou até que um dos dois decida tomar alguma atitude. Na maioria dos casos eu analiso a jogada alheia para estar atento a essa troca. Se alguém joga uma Horda de Servos, por exemplo, eu coloco em campo meus Espíritos de Fogo. Quando eles alcançam os Servos, geralmente acabam derrotando a horda toda.

Nesse caso específico meu adversário gastou cinco de elixir, enquanto eu gastei apenas dois pra combater o ataque dele. Nesse caso ele tem cinco de elixir sobrando, enquanto eu ainda vou ter oito para contra-atacar, então meu adversário deve pensar duas vezes antes de fazer o próximo movimento ou vai acabar tomando dano considerável.

Muitas pessoas já usaram esse conceito contra minha pessoa em partidas. Quando jogo a Bruxa em campo, meu adversário espera até o momento certo e joga a Valquíria que, custando apenas quatro de elixir, elimina minha Bruxa e ainda sobrevive.

Isso é, basicamente, a troca de elixir. É o principal ponto para a vitória no jogo, pois quando o adversário faz uma jogada errada e você tem elixir de sobra, a quantidade que cada um possui vai definir o próximo movimento. No exemplo anterior, a Valquíria sobrevivendo ainda pode ser combada com um Corredor, e aí possivelmente não teria elixir suficiente em tempo hábil para mandar uma resposta.

A essa altura do campeonato, se você já chegou à Arena 5 ou 6, possivelmente entende bem como funciona a troca de elixir. E se não entende ainda, está na hora de começar a aplicar esse conceito para continuar vencendo.

• Outra coisa importante: se for jogar defensivamente, espere o adversário chegar ao seu lado da arena. Se ficar jogando tropas desenfreadamente na ponte vai continuar perdendo, ainda mais se não parar pra pensar no elixir que está gastando. Já vi gente jogando Mini P.E.K.K.A. e Príncipe ao mesmo tempo para counterar um Gigante Real na ponte. Um custo absurdo de elixir e que ainda terminou em desvantagem para o defensor, pois ele teve de lidar com o reforço que vinha atrás do Gigante Real, e ainda na lado adversário.

• Faça uma combinação coerente: eu sempre defendi que é bacana jogar com as cartas que eu gosto, e o mesmo vale para todos os jogadores. Mas outra coisa que destaco é a necessidade de se fazer combinações viáveis. Um deck apenas com cartinhas baratas, por exemplo, pode até funcionar em duas ou três partidas, mas não vai muito longe. Quando estava começando montei um deck com custo médio de 2.8 elixir. Depois investi em uma combinação de 5.0 de custo, e acabei não obtendo muito sucesso. Quando se vai mais longe e o Coletor de Elixir entra no jogo até se torna viável, mas ainda assim é pesado. Então fica a dica para construir uma combinação viável e que não estoure o custo de 4.1 elixir.

Enfim, essa última parte foi mais para essas pequenas dicas, e a minha consideração final é que você se divirta jogando. Muitos dão fórmulas mágicas pra subir de arena, ou indicam que se deve jogar apenas pra completar baús e/ou fazer o Baú da Coroa. Já eu considero extremamente válido batalhar e testar diversos decks, pois só assim você vai chegar no deck que for perfeito para o seu estilo de jogo.
Hoje sou o feliz usuário de um deck com custo médio de 3.5 elixir. Às vezes eu ganho sem perder uma torre, em outras partidas eu tomo uma surra de ter a cara esfregada no chão. O Trifecta é meu maior pesadelo até hoje, mas mesmo assim não desisti do meu deck e estou batendo na porta da lendária.


Enfim, com isso eu concluo minha série de postagens voltadas ao clã da Família Borró no Clash Royale. A partir daqui vou continuar postando alguns guias pelo Multiverso Convergente, e ainda pretendo fazer análises de decks em vídeo no canal.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

[Clash Royale] Guia do Tio RD para o “Deck Perfeito” – Parte 2 – Condições de Vitória

Na primeira parte do guia eu tratei sobre quais os principais tipos de deck e citei as chamadas condições de vitória. Mas o que de fato são elas? Muita gente se faz essa pergunta no começo do jogo, e quanto mais cedo você desvendar isso, melhor.


A condição de vitória é basicamente a carta (ou as cartas) que vai te fazer derrubar a torre adversária. Quando você define o seu tipo de deck tem de começar a pensar em qual será a sua condição de vitória.

Em um deck do tipo Cycle, por exemplo, geralmente a condição de vitória é o Corredor, ou o Mineiro. Todas as outras cartas são colocadas em campo para fazer com que o Corredor alcance e derrube a torre adversária. Depois de entender qual a sua condição de vitória chega a hora de pensar nas outras cartas. TODAS as cartas do seu deck devem ter utilidade em campo. Se considerar qualquer uma delas descartável, você está fadado ao fracasso na maioria das vezes.

Vou exemplificar o que disse acima destrinchando o deck Trifecta. Ele geralmente é composto de: Corredor, Valquíria, Mosqueteira, Coletor de Elixir, Esqueletos, Veneno, Canhão e Choque.
Eita deck piruleta!

O Canhão é utilizado de forma defensiva, quase sempre sendo a primeira carta colocada em campo. Ele serve para chamar a atenção das tropas adversárias, como outros Corredores, ou mesmo o Gigante, enquanto sua torre e outras tropas fazem o trabalho pesado.

O Coletor de Elixir serve para dar uma vantagem de elixir conforme a partida vai evoluindo. Notem que ele tem papel duplo: conceder a vantagem de elixir e também incitar o oponente a atacar de longa distância usando Bola de Fogo/Foguete. Como se trata de um deck barato, o Coletor seria dispensável (tanto é que em algumas variações do Trifecta ele nem é usado), mas ele serve muitas vezes de isca para ameaças que poderiam derrubar outras tropas do deck.

A Mosqueteira quase sempre é colocada atrás da torre. Aliadas, as duas servem para derrubar qualquer ataque que parta para cima da torre. 

A Valquíra geralmente é jogada na defesa e, quando sobrevive e chega à ponte, colocamos o Corredor atrás dela, para que ela seja utilizada no ataque e limpe defesas como Bárbaros, Goblins, Esqueletos e outras unidades baratas.

O Veneno é estrategicamente colocado em campo para enfraquecer as unidades alheias. Ele pode ser utilizado de forma ofensiva, fazendo com que o adversário fique sem defesas, ou defensiva, destruindo uma investida poderosa com apenas 4 de elixir. 

O Choque (Zap) é comprovadamente uma das cartas mais usadas no Clash Royale. Por apenas dois de elixir você tem uma unidade que elimina Goblins, Esqueletos e outras ameaças, e além disso paralisa temporariamente outras unidades por alguns milésimos de segundos, o que, em certas batalhas, pode ser o principal auxiliador na vitória.

Já os Esqueletos tem duas funções principais: ‘girar’ o deck, fazendo com que você possa ‘ciclar’ e obter outras cartas de forma mais rápida, e também distrair unidades poderosas e com grande poder de fogo. 

O Corredor aqui é a condição de vitória. Quando suas tropas sobrevivem a um ataque e sobem em direção à defesa adversária, colocar ele na formação faz com que seu oponente trema na base e fique sem reação.

Bacana, né? Quando você para e pensa, a formação Trifecta parece funcionar bem até mesmo sem o Corredor. E funciona. Eu já usei esse deck e substituí o Corredor pelo Gigante, e deu certo. A grande sacada do Corredor é que ele custa apenas quatro de elixir e se move muito rapidamente, o que faz com que se encaixe perfeitamente nessa combinação.

Com essa formação em mente você pode começar a pensar no seu deck. Durante muito tempo trabalhei com duas condições de vitória, sendo elas o Gigante Esqueleto e o Gigante.

Certa vez enquanto navegava por tópicos competitivos no reddit eu li que um deck harmonioso seria composto da seguinte forma:
Duas cartas de feitiços
Duas construções
Duas tropas de defesa
Duas condições de vitória

Nem sempre funciona dessa forma. Por exemplo, o deck Trifecta tem uma condição de vitória, um feitiço, uma construção e várias unidades que são usadas para rodar o deck. Sempre tenha em mente então duas coisas: o seu tipo de deck e a condição de vitória que quer usar.

Eu, por exemplo, subi usando um deck do tipo beatdown. Minha formação principal é composta por Bruxa, Bombardeiro, Cavaleiro, Choque, Coletor de Elixir, Servos, Espíritos de Fogo e Gigante. Todas as minhas cartas giram em torno da defesa, desde o Coletor de Elixir até a Bruxa. Primeiro foco em segurar o ataque alheio e, quando minhas tropas sobrevivem, coloco o Gigante na frente delas e contra-ataco. Assim todas as minhas tropas ficam responsáveis por defender também o Gigante, que vai chegar na torre adversária e causar dano enquanto toma porrada para que as unidades que vem atrás também consigam fazer algum estrago e derrubar o inimigo.

Espero que essa segunda parte do guia tenha sido um pouco esclarecedora, e com isso você já consiga montar um deck funcional. Você pode testar qualquer carta até chegar à sua combinação.
Pra finalizar eu deixo uma dica: quando começar a testar um deck você vai perder MUITO. Não se preocupe, isso é essencial. Perder vai fazer com que você aprenda quais os principais tipos de decks usados no metagame e também como contra-atacar qualquer estratégia.

Lembre-se sempre: você é tão bom quanto qualquer outro jogador, só precisa provar isso!

Amanhã eu encerro a série de postagens, e vou falar sobre troca de elixir e dar outras dicas gerais. Abraços a todos!

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

[Clash Royale] Guia do Tio RD para construir o “Deck Perfeito” – Parte 1

Você já deve ter passado por isso diversas vezes: constrói um deck bacana, ganha algumas batalhas, sobe de arena e começa a perder absurdamente. Depois você reformula o deck, usa uma combinação que não é efetiva e se esquece do que estava usando antes. Frustrante, não?

Com o guia que estou escrevendo espero ajudar vocês a construir decks e se adaptarem pra poder jogar com a combinação que quiserem. Lembrando: QUALQUER carta do Clash Royale é viável. Umas mais, outras menos, mas todas possuem utilidade.


Antes de definitivamente ensinar como montar a combinação ideal, vamos discorrer sobre os principais tipos de deck do metagame, e qual deles você mais gosta de utilizar. A seguir estão os que mais tenho visto:

Beatdown (ou, como gosto de chamar, ‘bate ou regaça’): Consiste em construir um deck pesado e eficaz. Geralmente sua condição de vitória gira em torno de uma combinação indefensável, ou quase. Exemplos de beatdown: Gigante + Bruxa, P.E.K.K.A. + Double Prince.

Uma combinação poderosa, porém frágil!


Cycle (também conhecido por bater e correr): Esse é o tipo de deck mais irritante contra o qual já joguei. É caracterizado por cartas baratas, e o nome cycle vem de ciclo, com o principal objetivo de rodar a sua mão e sempre ter cartas para atacar de novo, deixando o oponente sem reação. Exemplos de cycle: Corredor + Goblins, Trifecta, Corredor + Barril de Goblins e etc.
O pior pesadelo de quem tem um deck mais pesado!


Control (também conhecido por pedreiro): Os decks do tipo control consistem em criar uma situação onde o jogador defende todas as investidas do adversário e constrói o seu ataque aos poucos, fazendo assim com que uma investida seja o suficiente para derrubar a torre adversária. Exemplos de decks de controle: Decks de cabanas em geral, decks de X-besta ou de Morteiro.

Alguém aí tem um saco de cimento pra bancar essa coisa?
(Print ilustrativo, tirado antes da fornalha custar 4 de elixir)


Tempo (ou, como gosto de chamar, o “PUTAQUEPARIUELEVIROU”): Geralmente os decks do tipo tempo são os de defesa sólida. O jogador que utiliza raramente ataca, e só o faz quando o contador aponta 60 segundos, dando a vantagem de elixir. O principal objetivo é cansar o adversário mentalmente e ler o deck alheio, para assim saber como levar o jogo nos segundos finais. Exemplos de decks de tempo: Decks com Inferno + Bruxa + Gigante, Canhão + Mago + Golem.

Eu vou defender até você cansar, e quando jogar a toalha vou levar suas torres!


Esses são alguns dos principais decks contra os quais eu já joguei ao longo de toda a minha ‘carreira’ no Clash Royale. O primeiro passo para construir uma combinação eficaz é saber em qual tipo de jogo você se encaixa. Não necessariamente seu deck vai ser apenas de um tipo, podendo haver combinações misturando control e beatdown, por exemplo. Se você não se encaixa em nenhum desses perfis, há duas coisas que eu posso te dizer: parabéns pela criatividade, ou mude seu deck imediatamente.

Pensar fora da caixa não é necessariamente ruim, pois a surpresa é um dos principais fatores que ganham o jogo no Clash Royale. Então, como exercício de hoje vamos pensar em que tipo de jogador você é, para depois escolher qual tipo de deck você vai montar.

E para finalizar, quero deixar bem claro: VOCÊ VAI PERDER, MUITO. Não adianta o quão bom seja o seu deck, ele não será eficaz contra tudo. Mais cedo ou mais tarde você vai perder, então quanto mais cedo você admitir isso e decidir montar uma estratégia decente ao invés de culpar a Supercell, melhor pra ti.

Esta é a primeira parte do nosso guia. Minha próxima postagem será sobre condições de vitória.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Conheça o Adobe Muse

Tenho de confessar que sempre fui um cara cético quando o assunto se trata de programas focados na criação de sites. Quando comecei a estudar o básico da programação web passei a ler muito sobre os softwares que estavam em voga na época, e como muitos os achavam milagrosos. Posso citar aqui o clássico (e morto há muito tempo) Microsoft Frontpage. Em praticamente todos os lugares que eu buscava o conhecimento, 90% das pessoas apontavam o dedo para o programa e o acusavam de gerar código desnecessário, poluindo o arquivo fonte do site. Sem falar nas limitações do Frontpage, que realmente era voltado para quem quisesse criar sites institucionais.

Paralelo a ele corria o DreamWeaver, da Adobe, também focado na criação de páginas web, porém mais completo e com diversas possibilidades. Quem optava por escrever o código no DreamWeaver contava com ferramentas que tornavam a visualização do código mais amigável, e um sem fim de opções. Vale citar aqui também os criadores como Kompozer, NVU e outros, disponibilizados de forma gratuita.

Apesar de toda essa gama de opções, sempre optei por criar o que quer que fosse escrevendo os códigos desde o início, usando o glorioso Notepad++ para deixar tudo mais legível. Há alguns meses, porém, conheci o Adobe Muse. Confesso que tive pouco tempo para estudar todo o universo relacionado a ele, mas ouso dizer que se trata do sucessor espiritual do DreamWeaver, e muito melhorado. O programa é bem completo e descomplicado, possibilitando a qualquer um criar suas páginas com alguns poucos cliques. Além de tudo ele oferece toda uma biblioteca de plugins e widgets para incrementar as páginas, e conta com uma comunidade envolvida que ajuda a solucionar muitas dúvidas e resolver problemas que podem surgir durante o desenvolvimento de um site.


O Muse é bem completo, e com ele é possível criar sites de diversas proporções (desde uma página simples para um institucional até algo de proporções gigantescas e com design responsivo). Se você é uma daquelas pessoas que sempre quis criar o seu site, mas passa longe de plataformas como Blogger, Wordpress e WIX, o Muse se encaixa perfeitamente no teu perfil. Caso queira dar uma chance e experimentar, ele faz parte da suíte de aplicativos CreativeCloud. Neste canal aqui tem alguns vídeos bacanas para quem quer conhecer um pouco mais da ferramenta na prática. Há também o site Rede Muse Maníacos, que conta com muito conteúdo voltado para os usuários do programa e recomendo fortemente.  

sábado, 9 de julho de 2016

Crônicas Mitty – Capítulo 1



Capítulo 1

Otto sentia seu sangue ferver nas veias. Em poucos instantes seu fôlego quase zerara. Os olhos haviam mudado de cor, tomando um tom amarelado enquanto ele se focava no alvo. Os longos cabelos castanhos do rapaz pingavam devido ao suor. Ele encarava firmemente o monstruoso Dave, um soldado que media duas vezes o seu tamanho e era força bruta pura.

O treinamento ministrado pela Organização Mitty era relativamente simples qunado comparado ao proporcionado por sua família, porém Otto estava exausto depois de um dia inteiro de lutas contra oponentes muito maiores que ele. Seu semblante era totalmente o oposto do adversário, que se preparava para mais uma investida. Parecia que alguém de dentro da Organização estava tentando sabotar a entrada do rapaz, sempre colocando obstáculos impossíveis para serem transpostos, fossem eles algumas missões inventadas em lugares perigosos ou uma série de lutas contra dez soldados de elite. 

O vento soprava no campo de treino e, enquanto alguns membros com cargo mais alto da Organização assistiam a luta com olhar de desdém em relação a Otto, havia uma jovem ruiva que acompanhava a luta. Se tratava de Felícia, cujos olhos azuis estavam fixos na postura de Otto. Frente a frente com um dos oponentes mais fortes que havia enfrentado ao longo dos treinos, o rapaz sentia o olhar da moça focado em si. O jovem não desistiria facilmente da luta.

- Vai usar o mesmo truque enovamente? Rapazinho, você não tem gás para lidar comigo por mais tempo. - bradou Dave, ao perceber os olhos amarelados do adversário.

Otto não ligava para a provocação. Sabia que a energia estava no limite, mas precisava apostar tudo que tinha naquele último golpe. Que viessem mais lutas depois, mas ele não cairia ali. A tonalidade amarelada em seus olhos ficou mais forte. O jovem investiu contra o adversário e conseguiu perceber tudo que se passava ao seu redor. Ele pode sentir desde os pássaros sobrevoando o campo de treino até a poeira se levantando a cada movimento. Não era Otto que ficava mais rápido, era o mundo que ficava mais lento. A percepção de Dave era outra, ao ver o adversário se movendo em uma velocidade absurda. O soldado grandalhão tentou se defender, mas foi impossível.

Otto foi rápido ao desferir cinco socos com precisão cirúrgica nas pernas do oponente, que caiu em questão de segundos. O soldado não aguentaria mais um embate e desistiu. Surpresos, os supervisores que acompanhavam o treinamento declararam que aquela etapa estava concluída. 

- Falta apenas uma última atividade que lhe será anunciada em breve, e você poderá ser considerado um membro da Organização, jovem Fanyc. Por enquanto vá descansar, mas se lembre que poderemos lhe chamar a qualquer momento que nos for conveniente. - disse Alain Bornaz, membro de elite que analisava as lutas.

A comitiva dos membros de alto escalão saiu do local por uma das portas que levavam até a sede, enquanto o rapaz e seu oponente reuniam forças para se levantar. 

- Devo admitir que você me deu muito trabalho, rapaz. - disparou Dave enquanto se erguia.
- Obrigado pelo... Err...logio? - Otto estava confuso.
- Pode considerar que sim. É a primeira vez que vejo um oponente se fortalecer durante uma luta. E dominar a Visio em pleno campo de batalha não é algo que todo mundo consegue.

Visio era o nome da habilidade que Otto usara durante o combate. Assim que ativada, ela permitia ao usuário uma percepção maior de tudo que o envolvia, fazendo com que seu cérebro agisse mais rápido e enxergasse as coisas de forma mais clara. A Visio era usada geralmente por soldados de elite, mas a família Fanyc havia explorado suas possibilidades, a transformando em algo comum aos seus descendentes. Usuários comuns conseguiam desenvolver três níveis da habilidade, sendo o último alcançado por aqueles considerados quase deuses, enquanto os Fanyc conseguiam alcançar níveis ainda mais altos.

- Você percebeu, não foi? - questionou Otto.
- Só não viu quem não quis, rapaz. Você chegou ao terceiro nível. - Dave respondeu.
- Na verdade está mais para 1.5. Não alcancei nem o segundo ainda. - Otto afirmou, sem jeito.
- Ainda no primeiro? Garoto, não minta pra mim.
- Não estou faltando com a verdade, senhor. Sou considerado um dos mais atrasados quando se trata de habilidades na minha família. - a sinceridade no olhar de Otto era clara. 
- Que seja. Se você luta dessa forma e ainda não é desenvolvido, mal posso esperar para quando for moldado pela Organização.

Dave finalmente tinha forças para caminhar. Não admitira, mas os golpes que recebeu ainda doíam. Em todos os seus mais de dois séculos vividos ele nunca havia enfrentado alguém com tamanha força e potencial quanto Otto. Pensava consigo que o garoto seria excepcional, e saiu do campo de treino.

~~

Assim que todos saíram do campo de treino Felícia se aproximou de Otto. Ela preparava as mãos para, mais uma vez, curar os estragos que o jovem sofrera durante o dia. Seus cabelos ruivos balançavam furiosamente, refletindo a expressão que o rosto da moça apresentava.

- É bom você aprender a se curar rápido. Eu não posso perder todo um dia de serviço do esquadrão e ficar te observando apanhar. - bradou Felícia.
- Apanhar? Não é bem assim. Eu passei por cima de cada um dos adversários que a Organização me impôs. Eles apanharam de mim! - respondeu Otto, elevando a voz.
- Então me explica suas roupas estarem rasgadas e todos esses machucados no seu corpo. Seu idiota! - falou a moça, enquanto as mãos brilhavam tocando os ferimentos no corpo de Otto.
- Se não quer cuidar de mim então não assista as minhas sessões! É tão simples, senhorita Felícia Stewart. Se não quiser se incomodar com meus problemas, cuide duas suas missões! - o jovem parecia furioso. 

Otto não chamava Felícia pelo nome completo em situações comuns. Só fazia isso quando a moça o irritava. Ao ver que havia desestabilizado o rapaz ela caiu em si e mudou sua expressão.

- Me desculpa. É que não suporto ver você brigando sem necessidade. Não precisa provar nada pra ninguém, Otto!

Ele não respondeu de imediato. Percebeu que Felícia foi rápida em curar seus ferimentos e então se levantou. Olhou ao redor e viu que estava escurecendo. Muitas horas haviam se passado desde o começo da sessão, e então ele se deu conta de que a moça estava presente desde o início, não perdendo nenhuma luta e esperando que tudo acabasse para ampará-lo. Otto abaixou a guarda e abraçou Felícia.

- O que está acontecendo é muito maior do que eu. É o nome da minha família que está em jogo. É a paz da minha mãe e dos meus irmãos, e quem sabe até dos descendentes que estão por vir. Sei que não gosta do que tem visto desde que meu treinamento aqui começou. Estão pegando pesado pra me tirar fora, mas eu preciso conseguir, e preciso que continue sendo forte, Felícia. - Otto falou em seu ouvido.

A moça entendia o que estava acontecendo, mas não queria aceitar. Ela gostava de Otto desde que eram pequenos. Era sempre protegida por ele e quando cresceu os papéis se inverteram. Como sua família tinha boa relação com a Organização ela não teve maiores dificuldades para passar pelo treinamento e se alistar em um dos esquadrões. Fazia pequenas missões e tinha renda para se sustentar. Os Fanyc, no entanto, eram considerados renegados pela Organização, que só não havia declarado uma guerra aberta porque saibam da influência que a família tinha com pessoas importantes. Otto tentava acalmar os ânimos de todos ao passar pelo treinamento e almejava criar um bom relacionamento com Andrew Padilha, o diretor. Só assim a perseguição pararia, ou ao menos ele acreditava nisso. Porém doía em Felícia ver que o jovem sofria tanto ao lutar por um ideal. De repente a moça começou a chorar nos braços de Otto.

O rapaz a abraçou ainda mais forte e percebeu qual a motivação do choro de Felícia. A partir daquele momento ela chorava não por apenas ver o fardo que Otto carregava, mas sim porque decidiu carregar o peso do mundo junto com ele. Durante aqueles minutos, enquanto a noite começava a cair, Felícia só pensava na felicidade de Otto, enquanto ele só pensava na felicidade dela. Juntos eles saíram do campo de treino em silêncio, mas levavam consigo a certeza de que um estaria lá pelo outro, sempre que fosse necessário.

Pesquisar este blog

Tecnologia do Blogger.

Páginas

Posts Populares